
      Tudo em volta era estranho, confundia-me em branco e azul. Estranhos cheiros transportavam-me para lembranças que não vinham a memória. Que lugar estranho era aquele? Vozes vinham de todas as direções em um canto alegre, compassivo, porém sem cor, sem sentimentos.
      Com a cabeça dando voltas olhei para o chão e não havia apóio para os meus pés. Estava eu suspenso no ar, entregue a inércia do equilíbrio estático. Olhei então para cima e, sobre minha cabeça, pude ver a Terra, na sua eterna queda em direção ao Sol.
      Num golpe inconsciente dirigi minha cabeça a uma estranha movimentação de pessoas e carros. No meio daquilo tudo? Meu corpo deitado no asfalto, sem vida.
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