
     A Terra girou e mais um dia está para começar. O Sol se prepara com um grande sorriso estampado em sua branca face. Ele não tem dedos, mas se tivesse estaria contando neles os segundos para iluminar milhares de vidas. Finalmente a hora chega e o Sol lá de longe grita alegremente: "Bom dia!". Mas ninguém responde, estão todos dormindo e o Sol começa a desfazer seu sorriso. Mais um dia de falsas esperanças.
     O Sol não desistiu, continuou dia após dia, dentre os milênios, a desejar bom dia as pessoas na Terra. E dia após dia se decepcionava. Até que um dia, sentada sobre um verde monte, estava uma garotinha triste, com seus oito anos. Ficou sentada naquele monte a noite toda chorando, o motivo não sei. Naquela hora ela observava o Sol vindo, lentamente. Como de costume o Sol deu o seu bom dia diário, já sem esperar resposta, mas surpreendeu-se ao ouvir uma vozinha ao longe respondendo.
     Era possível? O Sol não acreditava nisso. Alguém finalmente respondeu. Curioso para saber quem foi, o Sol puxou a Terra um pouco mais para perto e viu a garotinha. Por uns dias, meses talvez, eles se tornaram amigos e conversaram muito. Mas um dia a garota não pôde mais ir e triste o Sol colocou a Terra para longe novamente.
     Então agora, toda vez que chega a época do ano em que o Sol conheceu a garotinha ele puxa novamente a Terra esperando vê-la. Como isso não acontece ele manda a Terra para longe depois de um tempo. Essa época do ano em que o Sol espera pela garota é conhecido como Periélio, e o período em que se cansa de esperar é conhecido como Afélio.
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