Morte

Morte? O fim de tudo? Ou apenas um novo começo? Na natureza nada se destrói. Nada se perde. Tudo apenas se transforma. Ao morrer nosso corpo se decompõe. Tudo se separa, mas a essência básica de nossa matéria ainda é a mesma. Uma parte nossa continua viva em outros seres, no ar, na terra. Certo! Nosso corpo, melhor, parte dele continua “vivo” em tudo. Mas nossa personalidade? O que acontece com a parte de nós que faz de nós seres pensantes?
Mas o que faz com que eu seja eu? Aqui vou dizer que são os pensamentos, a personalidade que é a parte que gira a idéia do texto. Mas é bom observar, antes, que para mim eu sou eu. Mas para outra pessoa eu sou o que ela quer que eu seja. Para mim eu sou exatamente o que sou, sei quais são meus defeitos, minhas qualidades. Mas para uma outra pessoa qualquer eu não sou exatamente eu, para ela sou uma imagem do que ela quer que eu seja. Então como saber quem eu sou como indivíduo e como todo? Eu sou o que eu sou ou o que os outros me fazem ser? Ao morrer o que faz de mim eu para mim provavelmente acabará e eu, pensamento, personalidade, como também corpo, matéria, também desaparecerá. Mas mesmo meu corpo desaparecendo e minha personalidade morrendo, continuo vivo na mente daqueles que fizeram parte da minha existência. Sim! Eu continuo vivo! Mas em um traço de personalidade ou em um gesto de outra pessoa. Mesmo estando morto eu continuo vivo. Mas estarei morto ou viverei em outro mundo? Bom isso eu não sei responder.
Ao olhar para todas essas pessoas, para cada uma deles percebo que eu sou uma pessoa diferente. Para um posso ser como um irmão, para outro um ouvinte fiel, para uma garota uma paixão. Mas o que conta no final é que para mim eu sou eu.